(elaborado entre setembro e outubro de 2025)
No mesmo período que Portugal reconhece a Palestina como um estado, inicia-se o ano de 5.786 em um Rosh Hashaná com saber 'agridoce', ao menos em Portugal.
Muitas foram as manifestações contrárias (participei de algumas), mas mais comum eram as manifestações à favor - parte considerável da opinião pública (e não apenas os média) já escolheram um lado, e este não é Israel.
Ainda em junho deste ano, Portugal concordou com o reconhecimento da Palestina desde que se cumprissem 5 critérios. Critérios estes, que do ponto de vista palestino, jamais se cumpririam, como não o foram!
Critérios como: rendição e desarmamento total do Hamas, a devolução de todos os reféns israelitas, dentre outros. Obviamente, nada aconteceu! Por outro lado, aconteceu com Portugal, que aparentemente e de 'supetão', resolveu ceder para o reconhecimento formal ao estado palestino; justamente neste período do ano de mudança de ciclos, mediante ao calendário bíblico judaico. E sim, creio que isso tem implicações!
Me fez recordar da razão principal que me fez regressar a Portugal, ainda em 2018, quando Portugal restituía a todo judeu de origem sefarditas, que provasse sua ancestralidade judaica, com cidadania portuguesa direta. Algo louvável, e de bastante valor em termos de restituição, afinal de contas os judeus sofreram muita nesta terra, em tempos de inquisição!
As coisas aparentemente iam bem, e paralelo a isso, testemunhamos um crescimento exponencial em Portugal, que se tornou o 'principal destino turístico dos europeus', que tornou-se um grande polo para captação de negócios estrangeiros, dentre outros! Mas, infelizmente, Portugal foi cedendo ao "obvio", na mesma toada da muitos dos países europeus - outros 9 países também partiram para o reconhecimento, também neste período.
O já traumático dia '07 de outubro' tornou-se um marco nesta virada, não apenas de Portugal, mas talvez de grande parte das nações do mundo. Quanto às nações mais deveriam se juntar à Israel em oposição ao terror, ocorre justamente o contrário. Sim, o contrário! E como têm dito descaradamente os representantes do Hamas: " o sete de outubro tem dado frutos" - parafraseando!
Por esta e por outras, temos de resumir tudo isso em uma simples frase: o Hamas "venceu"! Claro, não nos moldes da honra e da coerência, mas essa "vitória" só demostra de que lado que o mundo vai ficando, e se posicionando, e este lado pode ser qualquer um, desde que seja - 'contra Israel'!
Se o Rosh Hashana, e o 'Toque das Trombetas' característico destes dias, anunciam novos tempos e novos ciclos, que eles venham! E o que resta a nós diante da inevitabilidade das 'maldições' que virão?
Neste dia, que antecede também a época de 'Yom Kipur' (dia do grande perdão/expiação), resta-nos então interceder por Portugal, talvez mais do que nunca. E assim faremos!
Pois se este dia ( Yom Kipur ) nos lembra do grande 'dia de perdão', por que não o buscá-lo? Mesmo que tempos estranhos se avizinhem, a intercessão ainda nos cabe, mesmo com expectativas de médio / longo prazo!
Portanto, "consolai, consolai o meu povo" (Jerusalém) Isaías 40; e ao mesmo tempo, 'intercedei, intercedei – Portugal’ !!!
Ricardo Magalhães - Pastor
Congregação Shoresh Tzion
(Congregação Raiz de Sião)
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